domingo, 5 de abril de 2009

Quando a liberdade nos aprisiona?

“O homem está condenado a ser livre”, assim define o filósofo existencialista Sartre nossa liberdade. Somos, portanto, destinados a ser livre, e essa liberdade às vezes (por conta de nossos próprios atos) se torna nossa própria prisão.
Nunca antes, em toda história, o volume de informações geradas assumiu as proporções que vemos hoje. O acesso a informações através da mídia e da internet, é cada dia mais simples. Essa onda de novas informações, nem sempre imparciais, moldam aos poucos nosso caráter, como também nossa opinião sobre as coisas mundanas. 
Com isso, a liberdade que antes nos era garantida para pensar, criar e formular ideias e opiniões extingui-se com o passar do tempo. Muito por influencia da mídia, que nos impõe princípios e que manipulam idéias. Afinal, quem nunca após um jogo de futebol, numa conversa entre amigos, não repetiu o que foi dito pelo comentarista, ou ao comentar uma novela, tomou o mocinho como o bom sujeito e mortificou o vilão?
Em alguns locais e tempos, a liberdade (ou a falta dela) é (ou foi) um termo a ser discutido. Citemos o período da idade média, quando a liberdade de conhecimento era condenada pela Santa Inquisição. E o caso que talvez seja o mais conhecido (e denunciado) hoje: A liberdade chinesa, onde o uso da internet é extremamente limitado, e onde as programações ao vivo na televisão são proibidas. No Brasil, vivemos períodos sombrios, onde as informações eram censuradas e a liberdade de expressão considerada uma afronta ao governo.
Todos os dias somos inevitavelmente manipulados. Seja pela televisão, por atendentes de telemarketing ou por textos, como esse, que moldam nossa opinião. Vivemos numa época em que a livre circulação de informações tornou-se um limitador do pensamento crítico e reflexivo. Assim voltamos ao que foi levantado no primeiro parágrafo: A humanidade é livre. A liberdade se tornou nossa prisão. A humanidade vive numa prisão?

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