terça-feira, 15 de julho de 2008

Abaixo as Elites Partidárias

Assistindo a uma sessão da câmara dos deputados pela televisão, não pude deixar de reparar a influência dos partidos nas decisões que são tomadas lá dentro. Afinal votamos em quem: político ou partido?


A Cena


-Entrando em votação a adição do parágrafo... na Lei nº... proposto pelo deputado (não irei citar nomes). Aproxime-se da bancada deputado representante do partido “X”.

-Eu e todos os membros da bancada de meu partido votamos contra.

Nesse momento a câmera abre na tela. No máximo estavam presentes 15 parlamentares. Numa quinta-feira! Então seguindo essa lógica, os outros deputados do partido deram uma telefonada e disseram: “Olha, vou votar contra, ok?”. Errado! Muitos só foram saber que a proposta foi rejeitada na terça-feira seguinte!


Votei, mas em quem?


Pelo sistema de controle do partido no voto dos parlamentares, nosso voto que pela constituição de 1988 seria: “(...) exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos” (Capítulo IV, Art. 14), tornou-se inválido a partir do momento em que os partidos assumiram o poder do voto.

Votamos de maneira direta e secreta sim, mas não no candidato em quem confiamos o dever de nos representar, mas no partido em que esse candidato é afiliado. Com essa política influenciadora o que nos restou de direito político?

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Silhueta

Doce rosto...
Quem dera Rodin
Em sua mais bela curva
Tal figura reproduzir

Doce voz...
Inveja-me Chopin poder
Em magnífica harmonia
Reproduzir sua sonoridade

Doces Sonhos...
Shakepearianos tive
Mas quem dera ao gênio
Um dia os ter escrito

Desejos meus
Doces desejos
Desejos perdidos
Amargura de viver

Velhos Eruditos

Chorei, não apenas por chorar
Gritei, não apenas por gritar
Tombei, antes de o chão tocar
Tentei... O que custou tentar?

Lágrimas desceram lavando
O rosto que nunca toquei
Sinais de despedida...
Nem disso pude desfrutar

Onde estará o velho orgulho?
Onde se escondem, velhos sábios?
Por ti, cansei de procurar

Carne que hoje, úmida
Apodrece por te esperar
Velhos eruditos... Caí em chorar