sábado, 24 de outubro de 2009

Retrato Insano de uma dita Infância

Por que existem as janelas?

Já as portas não são belas?

“Porque apagariam as velas”

Por que as velas não são tortas?

“Queimariam como folhas mortas”

Quem declarou a folha morta?

“O mesmo que pisou em nossa horta”

Sem nem direito a uma cova?

“Menino! Fecha essa janela!

Você está com calor é uma ova!”

Humanitas

-Batatas! – Grito.
-Impossível! – Retruca o homem maltrapilho.
-Não, Quincas! Parece que sim.
-Nunca!
-Por que não deixa disso? Levanta-te e trabalha!
-Antes me sento nessas escadas, antes me sento diante essa igreja... Antes!
-Antes do que?
-Antes, prefiro mendigar a trabalhar!
-Quincas, Quincas. Pobre Quincas, Quincas Pobre. Batatas!
-De novo?
-Sim, Quincas, parece que venci.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ah!

I

 

-Quer saber?

-Na verdade não.

-Mas eu vou falar

-Tenho escolha?

-Tem, ouvir.

-Ah!

 

II

 

-Cansei da erudição!

-Qual o problema?

-Não sei, cansei!

-O que vai fazer então?

-Criar, Inovar!

-Ah!

 

III

 

-Já sei!

-Diga...

-Vou assinar um mictório!

-Esquece, já fizeram.

-Ah!

 

IV

 

-Tá, como vou criar?

-Acho que primeiro tem que pensar.

-E como vou pensar?

-Parabéns, está no caminho certo!

-Ah?

 

V

 

-Posso fazer uma pergunta?

-Outra?

-Outra.

-Então não.

-Ah!

 

VI

 

-Ah?

-Ah...

-Ah!

-Ah, ah... Ah?

-Ah!