quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cinco mini-sonetos

I

Do que te vale o platonismo
Quando o que conquistaras
Jaz onde nunca alcançaras?

II

Sabes do que falo quando amo-te?
Sabes como vivo quando perco-te?
      Deito-me a esperar-te
      Espero-te a olhar-me

III

Onde deita-se o esquecido orgulho
Ergo-me a aclamar diante a ti
Se tua voz é apenas barulho
Ainda assim lembro quando te vi

IV

Num doce encantador anseio
Por ti enamorado fiquei
Mas por mero ardor alheio
Assim nunca te conquistei

V

Vi sim, luas e estrelas
Brilhando ao céu
Ainda que nenhuma
     [como ti]
Reluzia a mim
Não como teus olhos
Não com cor de mel